Cuidados com a alimentação e consumo de álcool no Carnaval

Nutricionista dá dicas de alimentos para consumir durante o Carnaval e de como evitar a ressaca para aproveitar de maneira saudável todos os dias de folia, sem perder o pique.

Imagem: Fonte

O Carnaval no Brasil é quase uma maratona! Curtir os blocos de rua, correr atrás do trio elétrico ou desfilar nas escolas de samba. A verdade é que sobra pouco ou nenhum tempo para os foliões se preocuparem com a alimentação. Muitas vezes eles acabam fazendo apenas uma refeição por dia, optando por comidas em barracas de rua ou até “desabando na cama” sem comer ao final do dia. Esse tipo de descuido pode gerar um grande desgaste físico e baixar a imunidade, debilitando o organismo.

A nutricionista clínica e esportiva Fernanda Dias, diretora da Nutrividade, em Belo Horizonte, garante que não se deve encarar o momento da refeição como “perda de tempo”, e sim como forma de recarregar as energias para continuar aproveitando a festa. Por isso, a especialista selecionou algumas dicas e orientações para quem pretende curtir o Carnaval de maneira saudável.

Alimentação

Durante o evento, para manter uma base energética, a nutricionista explica que é necessário priorizar o nutriente que mais fornece energia para manutenção das atividades cotidianas, o carboidrato, em seus formatos simples e complexos, já que estes são digeridos e absorvidos lentamente, ocasionando aumento pequeno e gradual da glicemia. “Como exemplo de carboidratos simples para compor refeições no Carnaval de maneira prática são as frutas. Os complexos se encontram em massas, biscoitos, pães, batata. Após o evento é importante repor também os estoques de proteína corporal para tal boa fonte de proteína está no leite e seus derivados”.

Intoxicação alimentar

Imagem: Fonte

Segundo a especialista, para evitar a intoxicação alimentar é preciso ter bastante atenção no momento de escolher o local de venda dos alimentos, a procedência dos mesmos e as condições dos manipuladores, que devem apresentar roupas limpas, unhas curtas, cabelos presos ou protegidos e dispor de local para higiene das mãos. Levando em consideração essas restrições, ela garante que de forma geral, a melhor opção são os estabelecimentos fixos, ao invés de pontos móveis e ambulantes.

“Esses cuidados visam evitar intoxicações alimentares causadas pela presença de bactérias que podem ocasionar sintomas como vômito, diarreia, e até mesmo cólicas abdominais, dor de cabeça e febre. Alguns alimentos são mais suscetíveis à contaminação, tais como as carnes, aves e pescados, leites e derivados e verduras”.

Hidratação e o consumo de bebidas alcoólicas

Imagem: Fonte

A nutricionista ressalta a importância da hidratação durante o Carnaval, já que nessa época, em geral, há uma elevação da temperatura climática, aumentando as causas para desidratação. “O ideal é manter uma ingestão média de dois a três litros de líquidos como água, sucos de frutas e água de coco. A hidratação deve ocorrer de forma contínua durante e após o período das festas. Os sintomas da desidratação incluem dores de cabeça, cansaço, vertigem ou desmaio, entre outros”.

A falta de ingestão de líquidos está associada também ao consumo de bebidas alcoólicas. Nestes casos os efeitos se tornam mais agravados uma vez que o álcool age diretamente nas células corporais desidratando-as e interferindo no funcionamento normal das mesmas.

Para evitar a ressaca, Fernanda indica manter sempre a glicemia corporal com a ingestão, antes e depois do consumo alcoólico, de alimentos fonte de carboidrato, como batata inglesa, pães, biscoitos, massas, além de uma boa hidratação. “O ideal é intercalar proporções de reposição hídrica ao consumo de bebida alcóolica. Outra dica é incluir gelo ou água aos drinques para dilui-lo ou acrescer nestas preparações ingredientes que não tenham como base o álcool tais como sucos, pedaços e frutas nesta situação. É válido até mesmo incluir os refrigerantes para evitar às hipoglicemias proporcionadas pelo álcool”.